Investigadores federais americanos conseguiram um mandado para examinar os emails recém-descobertos relacionados ao servidor privado de Hillary Clinton, o que pode abalar a campanha da candidata na reta final para as eleições presidenciais. Líderes democratas reagiram com fortes declarações contra o diretor do FBI, acusando-o de supostamente tentar influenciar a eleição presidencial e infringir a lei. O mandado autoriza a Agência Federal de Investigação (FBI) a examinar os emails e ver se as correspondências eletrônicas são relevantes para sua investigação sobre o servidor privado de emails usado para trabalhos governamentais por Hillary, enquanto ela era secretária de Estado de 2009 a 2013. O diretor do FBI, James Comey, recebeu grande pressão de democratas no domingo para divulgar rapidamente detalhes dos emails. Aliados de Hillary temem que uma controvérsia prolongada possa se estender para além da eleição de 8 de novembro e prejudicar a transição de Hillary caso seja eleita presidente. O líder democrata no Senado, Harry Reid, enviou uma carta a Comey no domingo sugerindo que ele teria violado uma lei que proíbe o uso de uma posição governamental federal para influenciar uma eleição. “Suas ações nos últimos meses demonstraram um duplo padrão perturbador para o tratamento de informações confidenciais, o que parece ser uma clara intenção de ajudar um partido político em detrimento do outro”, afirmou Reid. “Meu gabinete determinou que essas ações podem violar a lei Hatch, que proíbe funcionários do FBI do uso de autoridade pública para influenciar a eleição. Através de sua ação partidária, pode ter quebrado a lei”. Na sexta-feira, Comey anunciou a reabertura da investigação — que havia sido arquivada em julho — sobre o uso de um servidor privado por Hillary, diante da descoberta de novos e-mails. Em julho, Comey, que é republicano, criticou a democrata pelo uso inadequado de informação sigilosa, mas considerou não haver provas para apresentar acusações contra ela.
Na sexta-feira, o diretor do FBI, James Comey, enviou carta aos líderes do Congresso para avisá-los de que a agência investigaria novos e-mails de Hillary Clinton para determinar se a ex-secretária de Estado havia tratado de assuntos confidenciais em seu servidor pessoal. A primeira vistoria, em julho, foi arquivada por falta de provas. Comey não especificou a origem na carta. Mas fontes confirmaram que os e-mails haviam sido descobertos no laptop do ex-congressista Anthony Weiner, investigado pela troca de conteúdo sexual com uma menor de idade. O escândalo rendeu a Weiner o divórcio de Huma Abedin, braço-direito de Hillary Clinton. Nos próximos dias, a agência vai realizar uma versão menor da primeira investigação para checar se os novos e-mails revelam alguma infração. Na lei federal, o mau tratamento de informações de segurança nacional é crime. Na investigação de julho, agentes não acharam todas as mensagens da democrata. Esta é a principal incógnita. A nova ordem judicial, expedida no domingo, permite a análise de 650 mil e-mails de democratas — vários deles enviados do servidor da casa de Hillary. As autoridades podem considerar um delito federal o simples fato de a democrata ter colocado em risco, de propósito, as informações oficiais. A previsão é de que o FBI leve semanas para concluir se há e-mails repetidos em relação aos 30 mil que já analisou até julho ou mesmo se encontram material relevante entre os novos. Provavelmente, não terminará antes da eleição de novembro. Na carta, Comey disse não poder prever a extensão do trabalho. Comey temia ser acusado de ajudar Hillary no pleito se não avisasse. Mas foi desaconselhado pelo Departamento de Justiça porque o anúncio também interferiria na campanha e revelaria passos de investigações criminais em curso. A equipe do FBI já sabia do conteúdo desde o começo de outubro. Não se sabe ao certo se as novas revelações influenciarão na decisão dos eleitores no dia 8. Mas após o anúncio da reabertura das investigações, a diferença entre Trump e Hillary diminuiu, segundo algumas pesquisas. Levantamento da ABC News/Washington Post divulgada no domingo apontou apenas um ponto percentual de vantagem a Hillary sobre seu
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