quarta-feira, 16 de novembro de 2016

ESCOLAS INVADIDAS 1 – Vai ter sexo explícito no Pedro II. Mas a verdadeira pornografia está no moralismo fascistoide LGBT!

Invasores pautam um filme lésbico, com sexo explícito, e um outro gay, água com açúcar, para mostrar que a escola é “nossa” — deles. São uns covardes e reacionários!

Por Reinaldo Azevedo - Que beleza! No dia 18, sexta-feira, tem filme com sexo explícito — lésbico — no Campus São Cristóvão III do Colégio Pedro II, invadido por extremistas. Também haverá um filminho gay, com homens. Comparado com o outro, é coisa, assim, nível Massinha I, quase bobinho, sem todas as mãos, bocas, protuberâncias e orifícios da transa das moças. A exibição é livre; já a roda de conversa não. Talvez a ocupação bata recorde. A molecada deve comparecer em peso para ver o filme lésbico. Homens héteros costumam gostar de ver duas mulheres transando até mais do que as lésbicas. Por quê? Perguntem aos psicanalistas. Adiante.


A página no Facebook informa: às 10h, será exibido “Azul é a Cor Mais Quente”, filme francês dirigido por Abdellatif Kechiche, com Léa Seydoux e Adèle Exarchopoulos nos papéis principais. Elas se pegam pra valer mesmo. São do tipo que não entram no set para enganar. Desconheço no cinema não pornográfico minutos tão explícitos entre duas mulheres, embora, a exemplo de todo filme francês e lésbico, haja conversa a dar com pau. Os franceses padecem de logorreia cinematográfica, e lésbicas tendem a gostar de papo cabeça. Juntem-se as duas coisas, e há três horas de muita DR para não mais do que seis minutos de sacanagem. Mas de boa qualidade. Às 17h30, exibe-se “Hoje eu Quero Voltar Sozinho”, de Daniel Ribeiro, que deve ser visto apenas pelos gays. E olhem lá. Os que conheço não têm saco pra certo mi-mi-mi… Homens héteros não se interessam pelo assunto. Mulheres héteros não se interessam pelo assunto. Lésbicas não se interessam pelo assunto. Por quê? Perguntem aos psicanalistas de novo. Ah, sim: importante: às 14h30, há uma roda de conversa sobre lesbofobia. Atenção! É só para meninas lésbicas e bissexuais. Como se nota, parte-se do princípio de que “lesbofobia” é uma questão que só interessa a essas minorias. O fundamento democrático é o seguinte: cassa-se de 100% dos alunos o direito de ter aula e se assegura apenas a uma parcela ínfima o direito ao debate. Às 16h, haverá uma mesa sobre “Transativismo”. Segundo entendi, não precisa ser “trans” para assistir ao colóquio.
Uma outra publicação no Facebook filosofa:
“A escola é nossa. Logo, devemos ocupar seus espaços. A escola que queremos é a que seja acolhedora para todos (…) A escola também é das minorias, das mulheres, dos negros, dos LGBTs. Queremos tornar a escola menos hostil para tais grupos (…)”.



O texto não resiste a 30 segundos de lógica elementar. Quando se afirma “a escola é nossa”, cumpre indagar: quem fala em nome desse “nossa”? Os invasores? Os militantes políticos? Como essa escola pode ser “acolhedora para todos” se a maioria, que minoria não é, é privada de um direito que lhe é assegurado pela Constituição? Que diabo os senhores professores andam ensinando no Pedro II?
Moralismo facisctoide LGBT
Quem tem espírito percebeu que apelo à pena da galhofa quando me refiro aos filmes. Pouco me importa se um deles é explícito ou não. EMBORA SEJA EVIDENTE A AGRESSÃO A FUNDAMENTOS DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. IMAGINEM O QUE NÃO ESTARIAM FAZENDO JUSTIÇA E MINISTÉRIO PÚBLICO SE NÃO FOSSE UMA INVASÃO COMANDADA PELA ESQUERDA. De todo modo, considero que qualquer estudante do Pedro II está a dois cliques de achar na Internet cenas muito mais, digamos…, penetrantes. A questão é de outra natureza: o que me espanta é a forma como esses militantes entendem as instituições democráticas. Ou melhor: a forma como não entendem. Nada! Essa invasão, que conta com o apoio explícito de muitos professores da instituição, é, antes de mais nada, um desastre intelectual, pedagógico e ético. Venham cá: então os estudantes não invasores não têm direito a participar de um debate sobre “lesbofobia” — ou outro assunto qualquer? Então eles são expropriados de seus direitos constitucionais e precisam aderir aos hábitos dos novos bárbaros para que tenham acesso à moral supostamente superior que se respira por ali? São todos uns covardes, uns reacionários, uns, perdoem-me a expressão, merdinhas pequeno-burgueses. Tenham a coragem de retomar as aulas, de não excluir as maiorias do debate e, em vez de exibir filminho gay água com açúcar ou outro para alimentar hábitos solitários, mandem ver com “Salò”, de Pasolini, que tem como subtítulo “Os 120 Dias de Sodoma”. Troquem o fluir do sangue para o baixo ventre de Lolitas e rapazes ainda imberbes pelo fluxo rumo ao cérebro, que é a tarefa precípua da escola. Cito “Salò” apenas para chegar perto do limite da estética como horror, evidenciando, ainda uma vez, que a minha questão não é de natureza moralista. Também não acho que essa militância ideologicamente porca levará alunos héteros a se tornar gays ou lésbicas. Fosse assim, poder-se-ia também fazer o contrário: exibir filmes héteros para converter gays. Isso tudo é de uma bobagem ímpar. A questão que me interessa é a de natureza institucional e constitucional. A escola não é “nossa”, dos invasores. A escola é pública. Como tal, não pode ser assaltada por meia dúzia de militantes que impõem a outros a sua pauta, que, sob o pretexto de incluir as minorias, exclui a maioria até dos debates. O nome disso é fascismo de esquerda. E é claro que tem consequências aqui e no mundo inteiro. A eleição de Donald Trump, diga-se, foi a resposta que a maioria, excluída por esse fascismo das minorias, deu nas urnas nos EUA. Sabe quem vibra no Brasil com eventos dessa natureza? A extrema direita, os brucutus. Tudo o que essa gente quer é que o Pedro II se transforme numa milícia de minorias. Isso serve para excitar o discurso do rancor. Os esquerdopatas adultos que comandam essa patuscada são, antes de mais nada, criminosos. E os jovens invasores são nada além de massa de manobra de seus delírios totalitários. E, claro, outros totalitários estão acompanhando tudo muito atentamente. Essa esquerda mixuruca é o melhor cabo eleitoral de que a extrema direita dispõe. Bando de energúmenos!

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