O assunto demolição dos beach clubs de Jurerê Internacional volta a ser analisado no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, nesta quarta-feira. No começo do mês, o desembargador Sérgio Renato Tejada Garcia pediu vistas do processo e adiou a decisão da 3ª Turma do tribunal. Os magistrados decidem se aceitam ou não o efeito suspensivo sobre a decisão do juiz Marcelo Krás Borges, da 6ª Vara Federal em Florianópolis, que, em maio, decidiu pela demolição parcial dos empreendimentos. Três desembargadores do TRF-4 participam do julgamento. O único que já revelou o voto foi o relator do caso, desembargador Fernando Quadros da Silva, que decidiu pela aceitação do pedido de suspensão da demolição até que o caso seja devidamente julgado pelo tribunal. Restam ainda os votos de Sérgio Renato Tejada Garcia e Ricardo do Valle Pereira. Caso a suspensão da sentença seja retirada, terá de ocorrer a remoção parcial dos cinco paradores de praia afetados pela decisão: Cafe de La Musique, Donna, La Serena, 300 e GoSunset — todos de propriedade do grupo Habitasul. A batalha judicial que envolve o funcionamento dos beach clubs de Jurerê Internacional, em Florianópolis, já tem mais de uma década. Moradores do bairro reclamam que os "postos de atendimento aos banhistas", termo originalmente utilizado para descrever as estruturas próximas à praia, começaram a se transformar em locais de eventos de baladas eletrônicas nacionalmente conhecidas entre 2003 e 2004. Nesse período surgiram os primeiros processos na Justiça, reclamando basicamente do volume do som que incomodava moradores da região.
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