O advogado australiano Geoffrey Robertson, que representa o ex-presidente e poderoso chefão da orcrim petista Lula no Comitê dos Direitos Humanos da ONU, disse nesta quarta-feira que as acusações contra Lula na Operação Lava-Jato são “ridículas”. Em uma coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça, Robertson afirmou que não há evidências de que o ex-presidente tenha cometido qualquer crime e que o juiz Sérgio Moro já demonstrou sua parcialidade ao longo do processo. Acompanhado dos advogados brasileiros de Lula, Robertson pretende entregar nesta quinta-feira à ONU uma atualização do comunicado feito em julho. No documento, a defesa do ex-presidente petista afirma que a Justiça brasileira continua violando três artigos do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos da ONU, aceito pelo Brasil em 1992: proteção contra detenção arbitrária; o direito de presunção de inocência; e a proteção contra interferências arbitrárias ou ilegais na privacidade, família, lar ou correspondência. "O mais extraordinário desse caso é que o juiz Moro está agindo desse jeito, dando dezenas de declarações em que diz que Lula é culpado, e, mesmo assim, ele será o juiz responsável pelo julgamento de Lula, que deve começar na semana que vem (com o depoimento de testemunhas). Isso é bizarro", afirmou Robertson. "Temos o dever de avisar a ONU de que o juiz Moro vai iniciar o julgamento e vai condenar Lula, obviamente". O advogado lembrou que, em alguns países, há um juiz que faz a instrução da investigação e outro juiz responsável apenas pelo julgamento. Ao falar sobre Moro, Robertson disse que o juiz sabia que era ilegal divulgar um grampo telefônico em que Lula conversava com a ex-presidente Dilma Rousseff e, mesmo assim, permitiu o acesso da imprensa ao áudio. Segundo o advogado, o objetivo da Lava-Jato é evitar que Lula concorra à Presidência em 2018. "Não há nenhuma evidência de que Lula comandou alguma coisa ilegal. A terceira acusação contra ele é ainda mais ridícula do que as outras. Lula fez o que Bill Clinton, Tony Blair, David Cameron fizeram. Eles fez palestras e foi pago por isso. Ele não cobra tanto quanto Clinton, mas cobra bastante. Pagou impostos, declarou. Mas também fez palestras para as companhias relacionadas à Lava-Jato. E eles tentam traçar essa relação". Robertson é especialista em casos de Direitos Humanos e já defendeu o jornalista australiano Julian Assange, o escritor Salman Rushdie e o lutador Mike Tyson. Ele também atuou com a ONG Human Rights Watch na acusação contra o general chileno Augusto Pinochet por crimes contra a humanidade. Também em Genebra, o advogado Cristiano Zanin Martins, disse que a força-tarefa da Operçaão Lava-Jato está contribuindo com processos contra a Petrobras iniciados nos Estados Unidos. Na opinião dele, se as causas forem perdidas, a Petrobras terá que entregar suas reservas de petróleo para pagar as ações, o que seria prejudicial para o País. "Está em curso um processo silencioso, com diversas ações abertas nos EUA, objetivando tirar do Brasil as reservas de petróleo e a riqueza delas recorrentes. Tudo ocorre com apoio da Lava-Jato, com subsídios encaminhados periodicamente àquele país pelo promotores. Alguns delatores chegaram a ter passaportes devolvidos para que pudessem prestar depoimentos nessas ações no Exterior".
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