Uma corte de apelação da Suíça decidiu que promotores podem compartilhar com o Brasil documentos bancários que ajudariam a esclarecer alegações de corrupção na Petrobras. A Corte Criminal Federal permitiu a transferência de dados após impedir um movimento semelhante em janeiro, sob o argumento de que os promotores públicos não haviam seguido os procedimentos corretos para garantir assistência jurídica mútua, segundo documentos publicados no site do Tribunal nesta terça-feira. Algumas das partes envolvidas entraram com um novo recurso na Corte Federal suíça, portanto a decisão ainda não é definitiva, disse a Procuradoria-Geral suíça. A investigação está centrada na Petrobras e descobriu corrupção sistêmica em diversas empresas e em altos escalões de governo. Os promotores federais suíços já disseram que receberam informações sobre cerca de 340 relações bancárias suspeitas ligadas à investigação de corrupção, que abriram 60 inquéritos e congelaram cerca de 800 milhões de dólares desde 2014. Autoridades suíças disseram que pediram este ano documentos relacionadas a mais de mil contas em cerca de 40 bancos. Os donos das contas na Suíça são "altos executivos da Petrobras e de duas fornecedoras, intermediários financeiros, políticos brasileiros e empresas brasileiras e de outros países", disse a Procuradoria-Geral.
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