O novo presidente da Eletrobras encomendou a todas subsidiárias da maior empresa elétrica do Brasil um levantamento sobre prédios, salas e terrenos de propriedade da companhia que atualmente não são utilizados ou que podem não ser mais necessários, com o objetivo de colocar à venda rapidamente os ativos com potencial para gerar recursos. No comando da companhia desde o final de julho, Wilson Ferreira Jr. disse que esse plano será prioritário, uma vez que a estatal ainda precisará analisar com mais cuidado a possibilidade de venda de ativos operacionais, como usinas e linhas de energia, muitos dos quais estão em operação e geram receita para a empresa. O plano para a venda dos ativos imobiliários deve fazer parte de um planejamento maior que será levado ao Conselho de Administração da Eletrobras em 9 de novembro, disse o executivo. "Nós determinamos a todas controladas a identificação desses imóveis, esses são prioritários. Todos ativos imobiliários que para nós custam dinheiro para manter e em alguns casos não faz nenhum sentido ter, vão ser colocados à venda... Espero fazer isso muito rápido", disse Ferreira nos bastidores de evento de infraestrutura em São Paulo. Ele explicou que será realizado um processo de avaliação dos ativos para então vendê-los, o que precisará ser feito em leilões, devido às leis que regem a atuação das estatais no País. Questionado sobre quanto a companhia poderia arrecadar com os imóveis, Ferreira deu como exemplo o caso de um terreno no Rio de Janeiro que a Eletrobras comprou anos atrás por R$ 100 milhões. A empresa também pretende reduzir o número de edifícios que ocupa para suas atividades na capital fluminense. Ferreira disse que decisões sobre quais ativos de geração e transmissão energia da Eletrobras serão vendidos deverão ser tomadas posteriormente, por serem mais complexas. "A decisão de vender ativos operacionais tem que ser muito mais criteriosa. Tem que olhar um pouco de prioridade, não vender na baixa. Temos muita oportunidade de fazer melhorias operacionais", afirmou. Ele lembrou também que a companhia poderá levantar algum caixa com a venda de suas subsidiárias de distribuição, que já foi definida e terá início pela concessionária Celg-D, que atende o Estado de Goiás. Segundo Ferreira, o edital da licitação da Celg-D deve ser publicado ainda neste mês e há expectativa de interesse de diversas empresas: "Acredito que vai ter competição".
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