O advogado do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o paranaense Marlus Arns, avaliou nesta segunda-feira que a delação premiada pode ser uma opção para o peemedebista. Eduardo Cunha foi preso na semana passada por ordem do juiz federal Sergio Moro, que conduz os processos resultantes da Lava Jato em Curitiba. Entre as razões apresentadas para a prisão do ex-deputado estão a existência de contas secretas na Suíça; informações de que ele teria recebido 1,5 milhão de dólares de propina; além da tentativa de atrapalhar as investigações. Arns, que é especializado em acordos deste tipo, disse que a colaboração é um instrumento grave, não um salvo conduto, e que deve sempre ser analisada em qualquer processo. Apesar da declaração, ele evitou falar sobre o uso desse instrumento no caso específico do deputado cassado, sob alegação de que não tinha ainda discutido o assunto com seu cliente. “A delação é sempre um instrumento que deve ser avaliado, mas ainda não foi discutido, mas é, evidentemente, uma opção, que tem de ser avaliada de forma cuidadosa”, afirmou. Arns disse que sua contratação por Cunha foi realizada antes da prisão, e, portanto, não avalia que seu trabalho seria um recado para os peemedebistas, que estariam temerosos com uma provável delação do deputado cassado: “Não acredito que foi um recado, mas vamos analisar esse assunto também com Eduardo Cunha". Segundo o advogado, neste momento a defesa do deputado cassado está concentrada no relaxamento da prisão.
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