terça-feira, 13 de setembro de 2016

Sobrinho do governador petista Fernando Pimentel é levado pela Polícia Federal em nova fase da Operação Acrônimo


A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira mais uma fase da Operação Acrônimo. Estão sendo cumpridos seis mandados judiciais, sendo quatro de busca e apreensão e duas de conduções coercitivas em São Paulo, no Distrito Federal e no Paraná. Um dos alvos da condução coercitiva é Felipe do Amaral, sobrinho do governador de Minas Gerais, o petista Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior entre 2011 e 2014. Ele é suspeito de ter recebido propina da montadora Caoa, em troca de intervenções feitas por Fernando Pimentel no Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior em favor da empresa. A sede nacional da rede de restaurantes Madero, em Curitiba, também foi alvos de buscas. A investigação aponta que o dinheiro teria sido usado por Felipe do Amaral para abrir no interior de São Paulo uma hamburgueria gourmet – que pertence à rede – da qual seu tio é sócio oculto. A ação foi autorizada pelo ministro Herman Benjamin, de Superior Tribunal de Justiça, relator da Operação Acrônimo no tribunal. Felipe Amaral foi citado na delação de Benedito Oliveira, o Bené, apontado como operador de Fernando Pimentel e que firmou acordo de delação premiada. Bené disse que Amaral recebeu o aporte financeiro para montar uma hamburgueria gourmet por solicitação de Fernando Pimentel. O dinheiro, segundo o delator, veio de uma propina de R$ 20 milhões paga pela Caoa, que teria negociado isenção fiscal com Fernando Pimentel na época em que ele foi ministro. O empresário Sebastião Dutra, dono da gráfica Color Print, teria, segundo investigadores, omitido notas fiscais falsas para uma das empresa envolvida na construção do restaurante. A gráfica também foi uma das fornecedoras para a campanha de Pimentel ao governo de Minas em 2014. A Operação Acrônimo foi deflagrada em 2015 e apura irregularidades no financiamento e na prestação de contas da campanha de Fernando Pimentel, que foi indiciado pela Polícia Federal, ao governo de Minas Gerais sob suspeita de corrupção passiva, tráfico de influência, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Em outras frentes, investiga suspeitas de favorecimento a empresas com empréstimos do BNDES, subordinado ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pasta que foi comandada pelo governador petista. 

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