terça-feira, 6 de setembro de 2016

Senadores do PMDB teriam recebido propina de Belo Monte

Inquérito no Supremo Tribunal Federal mostra que a Polícia Federal encontrou “indício de que o PMDB e quatro senadores do partido receberam propina das empresas que construíram a usina de Belo Monte, no Pará, por meio de doações legais”. Entre os indícios está o fato de o PMDB ter recebido R$ 159,2 milhões, nas eleições de 2010, 2012 e 2014, de empresas que compõem o consórcio responsável pela construção da hidrelétrica. Esse valor representa a soma das doações dessas companhias para o diretório nacional, diretórios estaduais e comitês financeiros da legenda. O PMDB é acusado de ter recebido propina em Belo Monte “porque o partido indicou o ministro de Minas e Energia (Edison Lobão) e controlava as empresas da área”. Segundo delatores da operação Lava-Jato, como o ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, o consórcio responsável por Belo Monte pagou propina de 1% sobre o valor do contrato (R$ 13,4 bilhões), ou seja, R$ 134 milhões. Já o ex-senador Delcídio do Amaral teria dito a investigadores que senadores peemedebistas comandavam esquemas de desvios de empresas do setor elétrico: Renan Calheiros (AL), presidente do Senado, Jader Barbalho (PA), Romero Jucá (RR) e Valdir Raupp (RO). 

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