A Polícia Federal indiciou, nesta quarta-feira, o ex-presidente da empreiteira propineira Queiroz Galvão, Ildefonso Colares Filho, por corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e tentativa de obstrução de investigação de organização criminosa na Operação Lava Jato. Foram atribuídos os crimes de corrupção, lavagem e organização criminosa ao ex-diretor da empreiteira Othon Zanóide Filho, ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, ao doleiro Alberto Youssef e aos empresários Leonardo Meirelles e Augusto Amorim Costa. O ex-diretor de Serviços da estatal, o petista Renato Duque, foi indiciado por corrupção e organização criminosa. No inquérito policial, indiciar corresponde a imputar a algum suspeito a autoria de determinado ilícito penal. Não significa, contudo, que o Ministério Público Federal concordará com os argumentos e denunciará os envolvidos. O relatório de indiciamento vê suspeita de pagamento de propina da Queiroz Galvão aos ex-diretores da Petrobras e do PP. Augusto Amorim seria um dos operadores para o pagamento. Ildefonso Colares Filho e Othon Zanóide Filho foram presos preventivamente na Operação Resta Um, 33ª fase da Lava Jato. O ex-presidente da Queiroz Galvão passou ao regime domiciliar no início da semana, por ordem do juiz federal Sérgio Moro, após pedido da defesa. Segundo os advogados de Ildefonso Colares Filho, ele precisa passar por cirurgia urgente, devido à reincidência de um câncer.
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