O pacote de concessões e privatizações lançado pelo governo Temer na terça-feira continua sendo recebido com cautela por quem entende. De uma fonte que assessora consórcios em leilões públicos há 15 anos, sobre a qualidade dos 34 ativos ofertados: “Tem muita coisa que não interessa, porque não tem lógica econômica. Apenas recortaram trechos de estradas e ferrovias e vão vender picado". As companhias estaduais de saneamento incluídas no pacote de privatização também não empolgam. Segundo uma fonte que assessora consórcios em leilões há muito tempo, nenhum investidor privado vai colocar um tostão aí, antes de uma profunda reestruturação que as adeque às normas internacionais de governança. Coisa que não dá para fazer até 2018, data prevista para que sejam leiloadas. “Mesmo se a governança começar a mudar hoje, não dá tempo”, disse a O Financista. Ainda sobre a intenção do governo de privatizar as companhias estaduais de saneamento em 2018. “Que governador terá coragem de vender uma empresa de água em um ano eleitoral?”- pergunta uma fonte que participa da estruturação de consórcios: “Os adversários políticos vão dizer que ele está entregando a água do povo para os gananciosos empresários”.
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