A operação de busca e apreensão ocorreu nesta segunda-feira na sede do Grupo Bolognesi, em Porto Alegre. Em 2012, a Bolognesi comprou a Multiner, empresa de investimentos em energia montada por ex-dirigentes da Eletrobras com recursos de um Fundo de Investimentos em Participações (FIP) formado por oito fundações, entre as quais Petros, Funcef e Postalis, algumas das investigadas na Greenfield. As atas de constituição da Bolognesi Energia, que sucedeu a Multiner, como outros documentos, estavam na sede da empreiteira em Porto Alegre e foram entregues para a Polícia Federal. A Bolognesi Energia ainda capitaneia o projeto de uma termoelétrica em Rio Grande. Os fundos de pensão funcionam como um dos elos do capitalismo de compadrio que marca o País. Os apelos por "abrir a caixa-preta" dessas entidades vêm de décadas. Assim como financiam projetos de desenvolvimento no país, os poderosos fundos de pensão e seus investimentos bilionários estão e estiveram envolvidos em quase todos os escândalos recentes. Estudo divulgado no início deste ano situou os ativos dos fundos nacionais em US$ 180 bilhões, um acréscimo de US$ 45 bilhões desde 2005. O levantamento da Willis Towers Watson, consultoria global focada em gestão de risco e seguros, situou o Brasil em sexto lugar no aumento de volume de recursos de fundos de pensão em 19 países.
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