terça-feira, 27 de setembro de 2016

Morre Sérgio Sombra, acusado de ser o mandante do assassinato do prefeito petista Celso Daniel


Morreu nesta terça-feira o "empresário" Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, aos 59 anos, acusado pelo Ministério Público de encomendar o sequestro e a morte do ex-prefeito de Santo André, o petista Celso Daniel. Ex-segurança do político que se transformou em um fantasma para o PT, Sombra morreu às 6h30, no Hospital Montemagno, em São Paulo, onde estava internado desde o dia 22 de setembro. Ele fazia tratamento contra um câncer de intestino. O empresário chegou a ser preso durante as investigações do assassinato e foi pronunciado a júri popular em 2010. O processo, no entanto, saiu dos escaninhos da 1ª Vara da Comarca de Itapecerica da Serra (SP) e foi remetido a Brasília por uma série de recursos da defesa de Sombra. Ele sempre negou envolvimento no homicídio. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal anulou de vez parte da instrução processual e determinou que a ação retornasse à fase de interrogatórios, além de conceder a Sombra o direito de responder em liberdade. O advogado Roberto Podval, o mesmo que  defende o bandido mensaleiro José Dirceu no Petrolão do PT, alegou no habeas corpus cerceamento de defesa, porque não pôde fazer perguntas aos corréus durante os depoimentos à Justiça de São Paulo. Podval tentou anular também o processo para os executores do crime. Mas, como a ação penal contra Sombra corria em separado, só ele se beneficiou da regressão do caso. Os comparsas, defendidos por criminalistas menos badalados e defensores públicos, tiveram destino diferente: seis integrantes da quadrilha da Favela Pantanal foram condenados e continuam presos. São eles: Itamar Messias da Silva Santos, Ivan Rodrigues da Silva, José Edison da Silva, Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira, Elcyd Oliveira Brito e Marcos Roberto Bispo dos Santos. Sombra foi sócio de Ronan Maria Pinto, o dono do jornal Diário do Grande ABC e empresário dos ramos de transporte público preso na 27ª fase da Operação Lava Jato, a Carbono 14. Segundo a Justiça paulista, eles também se associaram em outra empreitada: o esquema de corrupção e achaque de empresários de ônibus desvendado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na gestão corrupta de Celso Daniel, que desviava dinheiro da prefeitura para o PT. Ambos foram condenados no ano passado pela 1ª Vara Criminal de Santo André, ao lado do comparsa Klinger Luiz de Oliveira Souza, ex-secretário de Serviços na administração de Celso Daniel. Sombra e Klinger pegaram 15 anos, 6 meses e 19 dias de prisão; Ronan, 10 anos, 4 meses e 12 dias. Ele recorria em liberdade, assim como os demais.

Um comentário:

Cavallier Bus disse...

Permitir a existência de essa quadrilha é ignorar a segurança pública e a soberania.