O juiz federal Sérgio Moro decidiu nesta quinta-feira (22) bloquear preventivamente as contas bancárias e de investimentos pertencentes a oito investigados na 34ª fase da Operação Lava Jato, a Operação Arquivo X. Com a decisão, o bloqueio preventivo de R$ 10 milhões atinge o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, e os demais acusados. O objetivo da medida, solicitada pelo Ministério Público Federal, é garantir o ressarcimento aos cofres públicos em caso de condenação, mas não significa que os investigados tenham os valores depositados. A prisão de Mantega e dos demais investigados foi autorizada por Moro. De acordo com a ação do Ministério Público Federal, baseado em depoimento do empresário Eike Batista, ex-presidente do Conselho de Administração da petroleira OSX, em novembro de 2012, Guido Mantega, que à época era presidente do Conselho de Administração da Petrobras, teria pedido R$ 5 milhões de doação para o PT. Para operacionalizar o repasse, Eike Batista firmou contrato falso com empresa ligada a publicitários já denunciados na Operação Lava Jato por disponibilizarem seus serviços para a lavagem de dinheiro oriundo de crimes. Após uma primeira tentativa frustrada de repasse em dezembro de 2012, em abril de 2013 constatou-se a transferência de US$ 2,350 milhões, no Exterior, entre contas de Eike Batista e dos publicitários. Além do ex-ministro, os presos temporários nessa operação foram: Luis Eduardo Neto, Rubem Maciel da Costa Val, Danilo Sousa Baptista, Luis Eduardo Guimarães Carneiro, Luis Claudio Machado Ribeiro e Francisco Corrales Kindelan. O oitavo investigado é Julio Cesar Oliveira Silva, que também tinha mandado de prisão decretado, porém está na Espanha e não há indicativo de que retorne ao Brasil.
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