O Tribunal Superior Eleitoral investiga os gritantes indícios de irregularidades constatados pelo Tribunal de Contas da União, que revelam a existência de 21.072 doadores com provável falta de capacidade econômica. Esses doadores entregaram R$ 168 milhões para as campanhas dos candidatos a prefeito e vereador nas eleições municipais deste ano. O TSE informou que compartilhou o material com o Ministério Público Eleitoral. Os indícios de irregularidades serão disponibilizados aos juízes eleitorais para apuração com prioridade, em até cinco dias a partir do conhecimento do indício de irregularidade. As suspeitas em torno de beneficiários do Programa Bolsa Família também foram compartilhadas com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. Foram identificados R$ 4 milhões, doados por 4.630 beneficiários do programa. O TCU encontrou indícios de irregularidades em mais de um terço dos 114.526 doadores. Há, por exemplo, até mesmo 34 mortos que doaram R$ 57 mil. A lista foi entregue ao TSE na última segunda-feira. Em 15 dias de campanha foram declarados 114 mil doadores distintos à Justiça Eleitoral. Desse total, há indícios de irregularidades envolvendo 38.985 doadores. Na parte dos gastos de campanha, foram 60.952 fornecedores distintos, sendo que, desse total, foram identificados 1.426 fornecedores de campanha com indícios de irregularidades. Em resumo, a eleição se transformou em uma gigantesca lavanderia, exatamente como já era previsto que ocorresse desde que o Supremo Tribunal Federal proibiu as doações de empresas.
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