O ex-presidente do Postalis, Alexej Predtechensky (Russo), apontado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal como um dos responsáveis por fraude milionária no fundo de pensão dos Correios, foi levado por agentes da Polícia Federal em condução coercitiva para prestar depoimento na Operação Greenfield. Também foi conduzido para dar esclarecimentos o ex-diretor de investimentos, Adilson Florêncio da Costa, que recentemente já tinha sido alvo de outra operação da Polícia Federal. Florêncio da Costa tinha sido preso em junho na Operação Recomeço. Na operação desta segunda-feira, o foco da Polícia Federal é o Fundo de Investimentos em Participações (FIP) Multiner. Constituído em 5 de novembro de 2008, para investir na empresa de mesmo nome, com objetivo de viabilizar projetos na área de energia, o fundo é um dos principais alvos da operação da Polícia Federal. Segundo relatório final da CPI dos fundos de pensão, desde o início, o FIP “mostrava-se um investimento de alto risco e baseado muito mais em desejos dos seus organizadores do que em projetos reais”. Com o fiasco da maioria dos projetos e com o elevadíssimo prejuízo nas operações da empresa alvo do FIP, a Multiner, em 2012, “ao invés de vender as poucas usinas operacionais no intuito de minimizar o prejuízo e saldar suas dívidas, os Fundos de Pensão caminharam na contramão e investiram mais R$ 391,6 milhões, além dos R$ 430,7 milhões que já haviam investidos inicialmente”, diz o relatório. Segundo a CPI, a justificativa dada pelos fundos para investir mais recursos no FIP foi a entrada de um grupo, o Bolognese, que por ter experiência na área, iria viabilizar o negócio e recuperar os prejuízos. No entanto, mesmo após a mudança no controle acionário, a empresa continua dando prejuízo. O fundo hoje é administrado pela Planner Corretora.
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