O Conselho Nacional do Ministério Público negou na sexta-feira pedido de liminar dos advogados do poderoso chefão da Orcrim petista e ex-presidente Lula contra a atuação dos procuradores da força-tarefa da Operação Lava-Jato. Na decisão, o conselheiro Valter Schuenquener entendeu que, antes de proferir uma decisão, os procuradores devem prestar os esclarecimentos que entenderem necessários em 15 dias. Na ação protocolada na quinta-feira, os advogados afirmam que os procuradores do Ministério Público Federal, Júlio Carlos Motta Noronha, Roberson Pozzobon e Deltan Dallagnol, "transgrediram os deveres funcionais" de seus cargos durante a entrevista em que anunciaram a denúncia contra o ex-presidente. Os advogados consideram que os procuradores anteciparam juízo sobre a condenação de Lula e violaram a política de comunicação do Ministério Público. Segundo defesa do ex-presidente, a norma determina que uma denúncia não pode ser divulgada de maneira que signifique condenação antecipada dos envolvidos. Lula foi denunciado à Justiça Federal por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e falsidade ideológica, por supostamente ter recebido vantagens indevidas referentes à reforma de um apartamento triplex em Guarujá, no litoral paulista. A denúncia também inclui a mulher de Lula, a galega italiana Marisa Letícia da Silva.
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