Minutos após a divulgação da pesquisa Datafolha que o trouxe, pela primeira vez, numericamente na liderança da disputa pela Prefeitura de São Paulo, o candidato do PSDB, João Doria, vinculou o resultado desta eleição à condução, em 2018, de seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), à Presidência da República. Segundo o levantamento, divulgado na noite desta quinta-feira (22), o tucano tem 25% das intenções de voto, tecnicamente empatado com Celso Russomanno (PRB), com 22%, e Marta Suplicy (PMDB), com 20%. Doria comemorou o resultado de forma inflamada em um evento organizado por um candidato a vereador vinculado à Assembleia de Deus do Brás, Ministério Madureira, que apoia o tucano. Ele chegou ao ato segundos antes da divulgação da pesquisa e acompanhou os resultados em tempo real, por meio de dois telões instalados no local. Num discurso inflamado, Doria voltou a atacar o PT e disse que decidiu ser candidato para ajudar o País a se recuperar do "flagelo" imposto pelas gestões da sigla. "Venho para ajudar a consertar, junto com as pessoas de bem, como o governador Geraldo Alckmin, que se Deus quiser, com a nossa força e a nossa vitória, vai ser conduzido, sim, à Presidência da República em 2018", disse o candidato. Inflamados pelo resultado, seus apoiadores desembarcaram no evento aos gritos de "Chupa, Conde", numa referência a Andrea Matarazzo, vice de Marta Suplicy (PMDB), que trocou o PSDB pelo PSD após perder as prévias para Doria. Matarazzo acusou o tucano de abuso de poder político e econômico, além de compra de votos. Doria rebateu dizendo que ele se comportava como "mau perdedor". Após a confirmação da liderança numérica na pesquisa, Doria pediu aplausos e chegou a subir em uma cadeira para comemorar com os apoiadores. O principal nome da Assembleia de Deus do Brás, em São Paulo, o pastor Samuel Ferreira, estava no local e deu uma palavra pregando a vitória de Doria. O tucano, por sua vez, mencionou sua "fé" diversas vezes no discurso. Ao se dirigir a Ferreira, disse que saber que a relação de ambos não se restringiria a um "apoio" mas que ambos teriam "uma missão" a cumprir, caso fosse eleito.
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