Os desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiram nesta segunda-feira que o processo de cassação do deputado estadual Mário Jardel (PSD) deve retornar à subcomissão de Ética da Assembleia Legislativa devido a não concessão do direito à ampla defesa. Com a retomada da discussão, o parlamentar deve se pronunciar nas comissões que tratarem do seu afastamento definitivo. Na época da audição de testemunhas, Jardel estava em licença-médica para tratar um quadro de depressão. Nesta segunda-feira, a Corte retomou o julgamento de um agravo apresentado pela Assembléia Legislativa, que contestou a liminar concedida em 5 de julho pela desembargadora Catarina Rita Krieger Martins. Catarina Rita havia mandado suspender a votação da cassação de Mário Jardel no plenário do Legislativo minutos antes de iniciar a ordem do dia. Por 15 votos a sete, os magistrados acompanharam o relatório da desembargadora, que observou a necessidade de interrogatório do deputado antes do julgamento em plenário pelos colegas. É vergonhoso que os gaúchos paguem uma caríssima Procuradoria da Assembléia para ela dar sustentação a barbaridades jurídicas desta ordem. Ou é muita incompetência reunida ou o caso é orientado de maneira deliberada a sofrer estas derrotas jurídicas. Não foi assim também no caso Macalão? Nesta terça-feira, o procurador da Casa, Fernando Ferreira, vai sugerir aos líderes partidários o recomeço do processo, desde a subcomissão de Ética. Desta vez, com a manifestação de Jardel. O procurador calcula que, se os deputados mantiverem a mesma opinião — que o deputado quebrou o decoro parlamentar —, o processo chegará para votação dos deputados daqui a dois meses.
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