Na segunda-feira, Lula acusou o senador de querer mudar a Lei Maria da Penha para reprimir a própria mulher. Atenção! Projeto aumenta a proteção às mulheres
Por Reinaldo Azevedo - O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) reagiu com a devida dureza ao ataque absurdo que Lula desferiu contra ele nesta segunda-feira. No Facebook, escreveu: “Só posso atribuir tamanho despropósito de Lula aos efeitos do álcool, que tendem a exacerbar os traços mais cafajestes do caráter do personagem”. Nunes recomendou ainda que Lula “cure a carraspana e esfrie a cabeça no seu tríplex no Guarujá ou no seu sítio de Atibaia”. Para lembrar: o tucano é relator na Comissão de Constituição e Justiça do Senado de um projeto que permite a delegados de polícia estabelecer medidas preventivas de proteção a mulheres agredidas antes mesmo de um juiz. Em 24 horas, deve enviar tais medidas ao juiz para que este as confirme ou altere. A proposta, portanto, aumenta a proteção às mulheres. As feministas “feminázis” do PT, no entanto, combatem o texto só porque não teve origem no partido. Nesta segunda-feira, em um ato em suposta homenagem aos dez anos da Lei Maria da Penha, Lula atacou Nunes, sugerindo que este estaria interessado em reprimir a própria mulher. Disse: “O senador Aloysio Nunes, um homem que foi da UNE, que se diz de esquerda, avançado e socialista, é um troglodita. Quer mudar a lei certamente para reprimir a mulher. Ele quer fazer alguma coisa com ela e, por isso, mudou a lei”. O tucano disse ter se sentido “nauseado” e afirmou que sua mulher também reagiu com indignação. Em conversa com a Folha, disse, no entanto, que não vai processar Lula: “Ele já tem tantos problemas com a Justiça que eu não vou dar mais esse a ele”. O senador observou o óbvio, como já escrevi nesta manhã aqui no blog: “O projeto aumenta a proteção às mulheres e não tira, como ele falou. Ele é um cafajeste”. É evidente que Lula não pode sair por aí assacando contra a honra e a reputação alheias com o propósito único de fazer baixa política. Ele certamente nem sabia do que estava falando. Não que agisse de modo diferente se soubesse. Mas é tanto pior quando a truculência se junta com a ignorância, o que é muito frequente no seu caso. Quanto às “feminázis”, elas poderiam ao menos dizer o que há de errado com a proposta. Como não conseguem, então preferem a difamação ao debate.
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