O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu nesta quarta-feira (24) a possibilidade d de adiar a votação da cassação do mandato de seu antecessor, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Conforme tem repetido desde que assumiu o mandato, a votação só ocorrerá se houver quorum suficiente na Casa. "Se estiver baixo na segunda, faz na terça, e se estiver baixo na terça, vota na quarta. Se também estiver baixo, vota na outra semana, vota outro dia", afirmou o presidente. Maia convocou a sessão em que o destino de Eduardo Cunha deve ser decidido para 12 de setembro, uma segunda-feira. Esse é um dos dias da semana em que, historicamente, não há presenças suficientes na Câmara para deliberações importantes. "Se ele conseguir tirar dias 12, 13 e 14 o quorum, eu não voto. E cada um assuma a responsabilidade que vai ter", completou. O presidente tem dito que não dará seguimento à análise do tema sem que mais de 400 dos 512 parlamentares tenham registrado presença no painel eletrônico. Para que Eduardo Cunha perca o mandato, são necessários os votos de, pelo menos, 257 deputados a favor dessa tese. Adversários de Eduardo Cunha, contudo, nem acreditam haver necessidade de aguardar um quorum tão alto. A votação aberta — quando é possível saber como cada um se posicionou —, acreditam, deve inibir aqueles que, caso o pleito fosse fechado, poderiam votar para livrar o peemedebista. Além de contar com o esvaziamento do plenário, uma outra estratégia de Cunha e aliados para manter o peemedebista no cargo por mais tempo é protelar a votação.
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