Morreu na noite deste sábado Alcindo Marta de Freitas, conhecido como Bugre, centroavante e maior goleador da história do Grêmio. Aos 71 anos, Alcido estava internado há mais de três meses no Hospital São Lucas da PUCRS, de Porto Alegre, devido a complicações de seu quadro de diabetes. O ex-atacante marcou 264 gols com a camisa do clube — sendo 13 em Grenais. Ao todo, em sua carreira (também atuou pelo Santos e no futebol mexicano), fez 636 gols. E disputou a Copa do Mundo de 1966 pela Seleção Brasileira. Em julho, o Grêmio realizou uma campanha junto a seus torcedores para doação de sangue ao ídolo. Na década de 60, as tardes de domingo no Estádio Olímpico eram de grande expectativa otimista, porque Alcindo ia jogar, então haveria gol. O time do Grêmio era uma máquina de jogar, ao lado dele atuava também um atacante, chamado Joãozinho, pequeno baixinho, mas que era um azougue. Alcindo era um centroavante de muita qualidade, forte, com um arranque impressionante, e um chute na finalização de um ataque, de qualquer distância, que era mortal. Ao fim das tardes de domingo os gremistas voltavam para casa felizes, alegres. Aquele era um tempo em que havia muitos craques nos times, no futebol brasileiro. E Alcindo Marta de Freitas foi um dos grandes craques desse nosso futebol. Agora ele ficará como uma lembrança em uma das gavetas das nossas memórias. Cada vez mais, nosso futebol parece se resumir a isso, lembrança do tempo glorioso que se foi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário