A Justiça Federal do Paraná colocou em prisão domiciliar Ildefonso Colares Filho, ex-presidente da empreiteira propineira Queiroz Galvão, preso na 33 ª fase da Operação Lava-Jato. A decisão, mantida em sigilo, foi tomada no plantão deste fim de semana. No sábado, a defesa do executivo ingressou com pedido de prisão domiciliar imediata depois que exames feitos na sexta-feira mostraram uma recidiva de um tumor maligno no fígado. Colares será submetido a cirurgia no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, no próximo dia 1º. Colares já está em prisão domiciliar. O executivo havia sido submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor hepático em maio passado e vinha sendo submetido a acompanhamento clínico e oncológico pós-cirúrgico de tratamento. Em 2011, ele havia tratado também de tumor pulmonar. O pedido da defesa foi acompanhado de relatório no qual o médico Marcel Autran Machado afirma que há necessidade de intervenção cirúrgica em caráter de urgência. Este não é o primeiro caso de prisão domiciliar por doença autorizada na Lava-Jato. O juiz Sérgio Moro autorizou o pecuarista José Carlos Bumlai a ficar três meses em prisão domiciliar para tratamento de um câncer na bexiga, com tornozeleira eletrônica. No dia 10 de agosto, determinou a volta a prisão no dia 23 de agosto por entender que, se permanecer solto, ele representa risco às investigações. No último dia 17, porém, o pecuarista foi internado com febre e quadro de infecção não identificada. Segundo um relatório médico, os médicos acreditam, por exclusão, que a febre e os indícios de infecção foram provocados pelo BCG, um dos medicamentos usados para tratamento do câncer de bexiga. Agora, ele está sendo medicado com corticóides, o que causa queda na imunidade. Moro adiou a volta a prisão de Bumlai para o dia 6 de outubro. A pedido da família, a defesa estuda apresentar novo recurso ao juiz para mantê-lo em prisão domiciliar, já que ele segue colaborando com a Justiça.
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