Grupo espanhol de energias renováveis, a Abengoa fechou nesta quinta-feira (11) um acordo de recapitalização e reestruturação da dívida, mas continua a preocupar o setor energético brasileiro. Responsável pelos linhas que vão levar a energia da usina de Belo Monte, no Pará, para o Sudeste, o grupo deu calote nos credores, demitiu 3 000 funcionários e paralisou as obras. Para os observadores, boa parte dos recursos emprestados ao grupo, incluindo um financiamento de 375 milhões de reais feito com o banco BTG Pactual, foi transferida para a Europa nos meses anteriores ao agravamento da crise, no ano passado. Segundo os técnicos, o avanço das obras no Brasil não corresponde ao nível de alavancagem promovido pela empresa. Isso reforça a suspeita de que os recursos já vinham sendo transferidos para o Exterior. A Aneel pode cassar as concessões das linhas sob a administração da companhia caso não se chegue a um acordo de venda dos ativos para a chinesa State Grid, apontada como principal candidata a adquirir os ativos da empresa. É algo verdadeiramente vergonhoso que os brasileiros estejam dando dinheiro a vigaristas espanhóis.
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