Como é possível que, em meio à queda da demanda, devido à recessão, o lucro do setor elétrico tenha saltado de R$ 3 bilhões para R$ 16 bilhões entre o segundo trimestre de 2015 e o mesmo período deste ano? A resposta é que as elétricas estão acertando as contas com uma das heranças malditas de Dilma: a desastrosa intervenção nos contratos do setor em 2012, quando foram forçadas a renovar as concessões antecipadamente, com o objetivo de baratear a tarifa para o consumidor. Desde então, as empresas pleiteiam indenizações para os investimentos que não tiveram tempo de amadurecer e gerar o retorno esperado. Só neste trimestre, a Eletrobras contabilizou R$ 17 bilhões, relativos à indenização que receberá do governo nos próximos anos. A cifra foi fundamental para o lucro de quase R$ 13 bilhões apresentado ontem. Outras empresas seguiram o mesmo caminho e já somaram as indenizações a que têm direito nos resultados deste trimestre: para a Cemig, foram R$ 561 milhões. Na Copel, a conta ficou em R$ 978 milhões. (O Financista)
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