A defesa de Ildefonso Colares Filho, ex-presidente da empreiteira propineira Queiroz Galvão, preso na 33 ª fase da Operação Lava-Jato, ingressou no sábado na Justiça Federal do Paraná com pedido de prisão domiciliar imediata para o executivo, para que ele possa ser submetido a cirurgia de emergência no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, no próximo dia 1º. Preso desde agosto passado, ele sentiu dores abdominais e foi autorizado a realizar exames, nos quais foi constatada a recidiva de um tumor maligno no fígado. O executivo já havia sido submetido a cirurgia para retirada de um tumor hepático em maio passado e vinha sendo submetido a acompanhamento clínico e oncológico pós-cirúrgico de tratamento. Em 2011, ele havia tratado também de tumor pulmonar. O pedido da defesa foi acompanhado de relatório no qual o médico Marcel Autran Machado afirma que há necessidade de intervenção cirúrgica em caráter de urgência e que o paciente precisa ser hospitalizado dois dias antes data marcada para a cirurgia. Os advogados afirmam que Colares, que tem 68 anos, tem direito subjetivo à prisão domiciliar diante do quadro de doença grave. Lembram ainda que o juiz Sérgio Moro já autorizou prisão domiciliar para o pecuarista José Carlos Bumlai, para tratamento de câncer. Além de Ildefonso Colares Filho, também foi preso na 33ª fase da Operação Lava-Jato o ex-diretor da construtora, Othon Zanoide de Moraes Filho. Os dois tiveram prisão preventivamente decretada pelo juiz Sérgio Moro. São investigados na operação contratos do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Refinaria Abreu Lima, da Refinaria Vale do Paraíba, da Refinaria Landulpho Alves e da Refinaria Duque de Caxias.
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