Com o receio de um desembarque do PSDB e do DEM da base aliada, o governo interino de Michel Temer iniciou mobilização nesta quarta-feira (24) na tentativa de distensionar a relação dos dois partidos com o PMDB no Senado. A indefinição da administração federal em relação ao reajuste do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal gerou uma crise na base aliada. Preocupado com o risco de ruptura, o presidente interino iniciou movimento de reaproximação com as duas siglas. Nesta quarta-feira (24), o líder do governo do Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), foi ao Palácio do Planalto discutir a relação. Por telefone, ministros da área política também procuraram senadores do PSDB e DEM ao longo do dia. Como parte do esforço de reconciliação, o presidente jantou na noite desta quarta-feira (24) com a cúpula do PSDB e do DEM. O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, reconhece que há divergências na base aliada sobre a proposta de reajuste, mas nega a existência de uma crise entre PMDB e PSDB. "Não é uma paz de cemitério, mas é uma compreensão de que partidos políticos podem ter posturas diferentes. O ideal é uma posição única da base aliada. Se não conseguirmos, a base aliada estará liberada para votar", disse. O ministro reconheceu que o tema é polêmico e avaliou como "naturais" as críticas feitas pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que fez cobrança enfática para que o governo federal defina uma posição clara em relação ao reajuste, que na prática, eleva o teto constitucional para o funcionalismo público.
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