Ao final da tarde desta quinta-feira, Cristine Fonseca Fagundes, de 44 anos, que buscava seu filho na saída do Colégio Dom Bosco, no bairro Higienópolis, em Porto Alegre, foi assassinada por bandidos que tentavam roubá-la, na frente da filha de 17 anos que também estava dentro do carro Honda Fit. O bandido se aproximou da janela e, com arma na mão, exigiu que ela entregasse o celular. Cristine Fonseca Fagundes fez um gesto com o braço e isso detonou o tiro disparado pelo bandido vagabundo. Ela se tornou a 25ª vítima de latrocínio em Porto Alegre neste ano. O crime ocorreu a poucos metros de uma escola infantil e quase em frente ao Colégio Dom Bosco, de onde sairia o filho de Cristine ao final de mais uma tarde de aula, e para onde correu, em pânico, a filha, após a mãe ser alvejada. Após o incidente, a direção informou pais e alunos que a escola não abrirá nesta sexta-feira, e as aulas só serão retomadas na segunda-feira. Os assaltantes ordinários seguiam pela Rua Ari Marinho, a partir da Coronel Feijó, realizando um ataque em série. Pelo menos outras duas vítimas haviam sido assaltadas por eles, entregando celulares. Embora Cristine estivesse em um carro, objeto preferencial dos autores de latrocínio, desta vez aconteceu de maneira diferente. "Deu para escutar o criminoso gritando: "passa o celular, passa o celular" e, logo depois, deu para ouvir o tiro", informou uma pessoa que estava próxima ao local. O caso foi imediatamente assumido pela 9ª Delegacia de Polícia (DP), comandada pelo delegado Alexandre Vieira. No meio da noite a Polícia Civil já tinha identificado e prendido os vagabundos que participaram do assalto. "Saímos em busca e prendemos cinco suspeitos, sendo que um deles tinha um celular de uma das vítimas. Eles foram reconhecidos. Um deles já está preso e vamos indiciar por latrocínio", declarou o delegado Alexandre Vieira. Em menos de oito meses, Porto Alegre já registra 25 latrocínios neste ano. A média é de um assalto com morte a cada nove dias e meio. Em todo o ano passado, foram 23 casos, sendo 14 deles até 25 de agosto. No Estado, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública, nos seis primeiros meses de 2016, foram 89 roubos que resultaram em morte, 35% a mais na comparação com 2015. Separada e mãe de dois filhos, Cristine Fagundes Fernandes trabalhava como vendedora de produtos de limpeza na empresa da família e morava no bairro Passo das Pedras. "Era uma batalhadora que lutava pra sustentar os dois filhos e dar a eles o melhor. Mais uma vítima da nossa sociedade", lastimou-se o irmão dela. Conforme a polícia, os criminosos tinham assaltado dois pedestres e estavam em fuga quando abordaram Cristine. Eles fugiram em um Fiat Palio vermelho. A vendedora morreu dentro do veículo, presa ao cinto de segurança.
A Polícia Civil prendeu cinco suspeitos de participar do assassinato de Cristine Fonseca Fagundes. Disse o delegado Alexandre Vieira: "Imediatamente saímos em busca e rapidamente prendemos cinco suspeitos, sendo que um deles tinha um celular de uma das vítimas. Eles foram reconhecidos. Um deles já está preso e vamos indiciar por latrocínio. Outros dois, nós temos informações que eles logo após o fato já saíram da vila onde estavam". A Polícia Civil já faz diligências atrás desses dois criminosos. O secretário da Segurança Pública do Estado pediu exoneração após morte de Cristine Fagundes Fernandes. E o muito incompetente governador José Ivo Sartori (PMDB) constituiu um "Gabinete de Crise", que será coordenado pelo vice-governador, José Paulo Cairoli. Ele deve ter sido orientado por seu marqueteiro, que se diz especialista em gerenciamento de situações de crise.
O secretário da Segurança Pública do Estado, Wantuir Jacini, pediu exoneração do cargo. A confirmação foi feita por meio de nota oficial divulgada pelo Palácio Piratini. No comunicado, o governador José Ivo Sartori afirma que constituiu um Gabinete de Crise, que será coordenado pelo vice-governador, José Paulo Cairoli. Enquanto não for nomeado o novo secretário, esse Gabinete responderá pela área. Ou seja, não vai ter ninguém mandando na área de segurança. O governo do Estado se diz solidário "com os familiares das vítimas da criminalidade, especialmente de Cristine Fonseca Fagundes, assassinada violentamente nesta quinta-feira". Conforme o documento, as "forças de Segurança estão mobilizadas para prender os autores do crime e continuar apurando os fatos". Está marcada uma reunião às 8h desta sexta-feira, no Palácio Piratini, para tratar de novas providências e ações na segurança pública. Depois da reunião, o governador fará uma manifestação à população e a equipe da Segurança atenderá à imprensa. O incompetente Sartori, já na madrugada, anunciou que irá solicitar ao presidente Michel Temer o concurso da Força Nacional de Segurança. Durante a noite, profundamente revoltadas, cerca de 30 pessoas realizaram um protesto em frente ao edifício onde mora o incompetente governador José Ivo Sartori (PMDB), na avenida Diário de Notícias, quase em frente à rótula com a Avenida Venceslau Escobar.
Os manifestantes, integrantes dos grupos Segurança Já e Segurança Urgente, ascenderam velas em frente ao complexo residencial e colocaram um caixão simbólico. Cruzes com os nomes das vítimas de crimes recentes no Estado também foram expostas no local. "Estamos apavorados com a situação da segurança no Estado. Queremos medidas efetivas na área. Queremos a saída do secretário da Segurança", disse a professora Cristina Campagna, de 43 anos, uma das líderes do Segurança Urgente. Em meio ao protesto, alguns participantes gritavam por um megafone: "Desce Sartori. Você é cúmplice". Segundo um dos líderes do Segurança Urgente, o objetivo deles é "cobrar medidas para enfrentar a insegurança enfrentada pelos gaúchos". O ato foi combinado e organizado através das redes sociais logo após a confirmação da morte de Cristine Fagundes Fernandes.
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