Um terrorista palestino de 17 anos matou nesta quinta-feira (30) a facadas uma israelense de 13 anos enquanto ela dormia em uma casa no assentamento judaico de Kyriat Arba, no sul da Cisjordânia. Segundo o Exército de Israel, Hallel Yaffa Ariel foi atingida várias vezes por Mohammed Nasser Tarayreh, que entrou no quarto da jovem depois de pular a cerca da colônia e travar a porta de entrada da casa.
A menina morreu pouco depois de ser transferida para o hospital em Jerusalém. O autor do ataque foi morto a tiros pelos guardas da colônia, mas antes esfaqueou e feriu um dos agentes. Hallel era uma parente do ministro-chefe de gabinete israelense, Uri Ariel, um dos principais defensores das colônias em territórios considerados palestinos. O caso provocou grande comoção em Israel, principalmente entre as autoridades. A mãe da menina, Rina, fez um discurso aos moradores. "Você era a luz da minha vida. Adeus, meu amor. Receba um último beijo da mamãe", disse, pedindo às pessoas que visitem a colônia para confortar sua família. O premiê Binyamin Netanyahu disse que o ataque "reforça a sede de sangue e desumanidade" dos terroristas: "O mundo inteiro precisa condenar esse assassinato assim como foi feito nos ataques de Orlando e Bruxelas". Após o ataque, Uri Ariel disse que o governo vai fazer todos os esforços para expandir os colônias na Cisjordânia. O Exército de Israel também fez um cerco ao povoado de Bani Naim, onde morava Tarayeh, em busca de sua família. Assim como em outros ataques, seus parentes perderão a permissão de circulação e terão a casa demolida. A mãe do adolescente, Um Kamel, disse que não tinha idéia de que o filho estivesse planejando atacar um israelense: "Sei que alguém que entra em uma colônia é considerado um herói, mas não sabia que meu filho era forte neste ponto". O tio dele, Rajeh, preparava uma comemoração, assim como é feito com todos os palestinos mortos em Israel: "Ele fez algo que tinha forte convicção. Sim, ele pode ter matado uma menina, mas crianças palestinas são mortas também". O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, não comentou a ação. O não comentário dele já serve como um comentário, uma aprovação tácita ao ataque terrorista. A tensão na região cresceu desde outubro e já deixou 211 palestinos e 32 israelenses mortos. Por essas razões é que não há possibilidade de negociação de paz com os árabes em Israel.
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