O saldo da balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,488 bilhão nas duas primeiras semanas de julho, de acordo com os dados divulgados ontem pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Esse resultado, ajustando os efeitos sazonais e anualizando, representa um saldo positivo, bastante forte, de US$ 68 bilhões. Entre a primeira semana, com apenas um dia útil, e a segunda, com cinco dias úteis, as exportações somaram US$ 4,975 bilhões e superaram as importações, que alcançaram US$ 3,487 bilhões. A comparação com as médias diárias do mesmo período do ano passado mostra crescimento das exportações de 2,9% enquanto as importações recuaram 17,2%. A queda das importações foi impulsionada pela forte retração das compras de siderúrgicos (35,7%), de veículos automóveis e partes (33,4%) e adubos e fertilizantes (31%). Em relação às exportações, houve aumento de 17,4% das vendas de semimanufaturados e de 8,4% de básicos, enquanto os produtos manufaturados exibiram queda de 8,2%. Levando em conta a variação entre junho e julho, na série dessazonalizada, temos uma expansão de 15% das exportações e queda de 12% das nossas compras, sugerindo um resultado muito forte para o mês, para o qual projetamos superávit de US$ 4,8 bilhões. Dessa forma, no ano, as exportações somam US$ 95,228 bilhões e as importações, US$ 70,088 bilhões, com saldo da balança comercial positivo de US$ 25,140 bilhões. Para 2016, o saldo comercial deve somar US$ 45,5 bilhões, reforçando o ajuste em curso das contas externas.
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