sexta-feira, 1 de julho de 2016

Para Dilma, reajuste de 12,5% do Bolsa Família é "irresponsabilidade fiscal"



A presidente afastada, a mulher sapiens petista Dilma Rousseff, avaliou na quarta-feira (29) como uma "absoluta irresponsabilidade fiscal" o anúncio feito pelo governo interino de reajuste médio de 12,5% para os benefícios do Bolsa Família, acima dos 9% prometidos pela petista em maio. Ela criticou o peemedebista por não ter concedido o aumento antes e considerou o percentual pequeno próximo ao aumento de 41,5% dado ao funcionalismo público, que terá um impacto nos próximos quatros anos de 22,3 bilhões. "Hoje, depois de nós insistirmos que era um absurdo não darem reajuste, eles deram. Eles não deram antes porque não têm compromisso com o povo. É um reajuste muito pequeno diante do reajuste que eles deram dentro do funcionalismo publico. Acho absoluta irresponsabilidade fiscal e uma injustiça", criticou. O aumento passará a valer a partir de julho. Temer decidiu fazer o anúncio na mesma manhã em que a presidente afastada criticou nas redes sociais o governo interino por não ter pagado o reajuste anunciado pela petista. A mulher sapiens petista também voltou criticou o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e disse que ele foi o fiador do processo de impeachment. Segundo ela, o peemedebista representa uma "ameaça integral" ao presidente interino, Michel Temer. A petista reconheceu ainda que poderá ingressar no Supremo Tribunal Federal caso o Senado Federal a afaste definitivamente do cargo. "Sempre vai ter a Suprema Corte como a última instância. Ela não está endossando o impeachment, mas dizendo que não pode julgar o mérito do impeachment enquanto o Congresso Nacional não julgar", disse. A presidente afastada ressaltou ainda que avalia escrever uma espécie de "Carta aos Brasileiros" antes da votação final do impeachment, indicando o que pretende fazer caso retorne à função com plenos poderes. Segundo ela, o governo interino tem promovido retrocessos em direitos da classe trabalhista. "Nós estamos avaliando uma carta de compromisso à nação. Nosso primeiro compromisso é com a democracia e que não tenham retrocessos nessa área, porque trata-se de uma eleição indireta. Além disso, queremos devolver os direitos que estão sendo retirados", disse. A petista condicionou o apoio à convocação de uma nova eleição presidencial, caso retorne ao comando do Palácio do Planalto, ao apoio de pelos menos 27 senadores. O número seria suficiente para que ela não seja afastada definitivamente do cargo. 

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