quinta-feira, 21 de julho de 2016

Moody’s diz que a dívida do Brasil é a que cresce mais rápido na América Latina

A agência de classificação de riscos Moody's disse nesta quarta-feira que as economias emergentes estão ficando cada vez mais vulneráveis a choques externos após uma década de aumento da dívida, destacando que, na América Latina, as dívidas cresceram mais rapidamente no Brasil e no México. Segundo o comunicado, o endividamento brasileiro é que cresce mais rapidamente na América Latina levando a relação entre a dívida externa e o Produto Interno Bruto (PIB) para 38% em 2015, ante 22% em 2005. "Apesar de ser um nível relativamente baixo dentro do contexto global, a proporção vai continuar crescendo se a economia do Brasil contrair mais", disse a Moody's no relatório. A Moody's disse esperar que o crescimento econômico global permaneça fraco no médio prazo e que os preços das commodities fiquem baixos por vários anos, o que deve afetar a receita em dólares e acumulação de reservas de países exportadores de commodities. "O potencial de desaceleração no fluxo de capitais, caso os juros nos Estados Unidos continuem a subir, também exacerbaria a situação da dívida nas economias emergentes", disse a Moody's. A dívida externa total dos mercados emergentes e de fronteira – definida como a dívida de residentes em um país com não residentes – quase triplicou de US$ 3 trilhões em 2005 para US$ 8,2 trilhões no final de 2015, disse a Moody's, acrescentando que o aumento foi liderado pelo setor privado. Desde 2005, segundo a Moody's, a dívida externa privada cresceu a um ritmo anual de 14,3%, comparado a 5,9% da dívida externa do setor público. 

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