Lionel Messi e seu pai, Jorge, foram condenados a 21 meses de prisão por um tribunal de Barcelona nesta terça-feira. Os dois foram considerados culpados de três acusações de fraude fiscal, informou o tribunal em comunicado. Cabe recurso contra a sentença junto à Suprema Corte da Espanha. No entanto, sob a lei espanhola, uma sentença de prisão menor que dois anos pode ser servida sob condicional, o que significa que Messi e seu pai provavelmente não irão à prisão. O tribunal ordenou que Messi pague uma multa de cerca de 2 milhões de euros (cerca de 6 milhões de reais) e seu pai pague 1,5 milhão de euros (cerca de 4,5 milhões de reais) pelos crimes. Messi e seu pai e agente são acusados de fraudar o fisco espanhol em 4,16 milhões de euros (cerca de 17 milhões de reais). Pouco antes de viajar aos Estados Unidos para a Copa América Centenário, o craque do Barcelona depôs na Espanha e disse que jamais tomou conhecimento de qualquer irregularidade. "Eu me dedicava a jogar futebol, confiava no meu pai e em meus advogados e não tinha idéia de nada", afirmou Messi em julho, reafirmando discurso similar usado pela sua defesa no início da investigação em 2013. Pai e filho são acusados de cometer evasão fiscal entre 2007 e 2009, com a utilização de uma série de empresas no Reino Unido, na Suíça, em Belize e no Uruguai para receber os direitos de imagem, evitando assim o pagamento de impostos. Durante esses anos, Messi assinou contratos de patrocínio com marcas como Adidas, Konami, Pepsi e Danone em nome de uma empresa no Uruguai, Jenbril, que pertencia a ele e à qual cedeu a gestão de seus direitos. "A única coisa que sabia é que assinávamos acordos com determinados patrocinadores, por uma quantidade determinada de dinheiro e eu tinha de fazer anúncios, fotos e coisas do tipo, mas sobre o dinheiro e para onde ia eu não sabia nada", declarou Messi. De acordo com o jogador, o emaranhado de empresas foi elaborado por um escritório de advocacia de Barcelona que prestava assessoria à família na área fiscal e que mantinha contato apenas com seu pai. "Eu confiava nele e os advogados nos diziam que fizéssemos desta maneira", disse.
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