O operador de propinas Lúcio Funaro, preso nesta sexta-feira (01) registrou em cartório, em maio passado, declaração em que afirma ter sido alvo de achaque por parte do advogado Adriano Vani, que defende o delator Fábio Cleto. Na declaração, obtida pelo site O Antagonista, Funaro diz que encontrou-se com Vani em 23 de fevereiro. Na ocasião, o advogado teria lhe apresentado uma planilha que comprometia o corretor na delação de Cleto: "Vani disse que poderia contornar esse problema no âmbito da colaboração que estava sendo negociada pelo Sr Fabio Ferreira Cleto, mediante o pagamento de quantia de dinheiro a ser definida". Funaro recusou a proposta. Mas por que só registrou o episódio em maio, quando a imprensa já noticiava a delação de Cleto? Outra coisa: a revelação, em um documento público, registrado em cartório, da "tentativa de achaque", mostra à toda prova que ele teve conhecimento de um crime em andamento, o de obstrução deliberada de investigação judicial. E cabia a ele comunicar isso às autoridades. O certo é o seguinte, ninguém é santo nesse ramo.
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