sexta-feira, 22 de julho de 2016

Lobista Zwi Skornicki confirma pagamento de US$ 4,5 milhões de propina em "conta corrente" do PT


O engenheiro, empresário e lobista Zwi Skornicki, que era representante de um estaleiro que tinha contratos com a Petrobras, prestou depoimento nesta quinta-feira à Justiça Federal no Paraná, pela primeira vez como colaborador da Lava Jato. Disse que pagou propina a diretores da Petrobras e ao PT. Pouco antes dele, o marqueteiro de Dilma, o baiano João Santana, admitiu que Zwi depositou US$ 4,5 milhões em uma conta secreta na Suiça, propina, dinheiro sujo, tudo para pagar despesas com a campanha de Dilma Roussef. As duas pontas fecham. Ambos possuem provas do que afirmaram. O engenheiro falou que tratava dos pagamentos em reuniões com o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, já condenado na Lava Jato. João Vaccari também foi interrogado nesta quinta-feira e ficou em silêncio. No depoimento, Zwi Scornicki afirmou que acertou com Vaccari o pagamento da dívida em parcelas. O repasse, segundo o engenheiro, foi feito em dólares numa conta secreta no Exterior. Ou seja, o PT tinha conta no Exterior, e enviava dinheiro do Exterior para pagar suas campanhas no Brasil. E isso é crime, o suficiente para decretar a extinção legal do partido. Zwi Scornicki disse que não sabia que a dívida era de campanha. O engenheiro confirmou que foram repassados US$ 4,5 milhões ao casal Monica Moura e João Santana, de um acerto de US$ 5 milhões. “Era cinco, só que acabou sendo pago quatro pontos cinco porque o processo da Lava Jato já estava muito avançado, aí eu parei de pagar a última parcela”. A delação de Zwi Scornick ainda não foi homologada. O acordo prevê que o engenheiro deve ficar até agosto na Polícia Federal em Curitiba e depois passa a cumprir prisão domiciliar, com tornozeleira. Ele se comprometeu a devolver US$ 24 milhões.

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