sábado, 9 de julho de 2016

Em mais uma manobra, fiel aliado de Eduardo Cunha vai para a CCJ


Mesmo após ter renunciado à presidência da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) continua atuando para salvar seu mandato a todo custo. Em mais uma manobra, aliados trocaram outro integrante da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. O Solidariedade trocou esta semana Genecias Noronha (CE) por Paulinho da Força (SP) horas após a última reunião da CCJ em que o relator, Ronaldo Fonseca (Pros-DF), apresentou um relatório favorável à Cunha, mas considerado frágil. Paulinho é um dos aliados mais próximos a Cunha. Já o defendeu publicamente em diversas oportunidades. Para tentar garantir vitória do peemedebista no Conselho de Ética, também assumiu a vaga do partido no colegiado por um período. A situação política do deputado afastado tem se agravado a cada dia e, embora o partido tenha tendência em apoiar Cunha, não sobraram deputados nem no Solidariedade com disposição de se expor em votação aberta e votar a favor do peemedebista. Paulinho fará esse papel. Aliados de Cunha já vêm operando na CCJ com trocas de integrantes para tentar garantir uma maioria ao peemedebista há cerca de um mês. O PTN e o PR também já mudaram suas peças no colegiado anteriormente – retiraram deputados que não votariam com Cunha ou que tendiam a ser desfavoráveis ao ex-presidente da Câmara e colocaram no lugar parlamentares dispostos a exercer esse papel. No mesmo dia, houve outras reviravoltas na CCJ. O PTN trocou Carlos Gaguim (TO) por Jozi Araújo (AP). O PTB retirou Paes Landim (PI) e colocou Nelson Marquezelli (SP). Adversários de Cunha já esperavam por mais mudanças nesses dias. Outras podem ocorrer até o dia em que o relatório de Fonseca, que recomenda retorno do processo para o Conselho de Ética, seja votado. O presidente da CCJ, Osmar Serraglio (PMDB-PR), convocou sessão para terça-feira (12), 14h30, mesmo dia em que pode ocorrer a sessão para eleger o sucessor de Cunha à Presidência da Câmara, o que inviabilizaria a reunião. Serraglio garantiu, contudo que, não sendo possível votar o parecer de Fonseca na terça, convocará sessão para quarta (13) ou quinta (14).

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