O ministro da Justiça da Turquia, Bekir Bozdag, afirmou que chegou a 6.000 o número de presos suspeitos de apoiarem a tentativa de golpe contra o governo do islâmico Racep Yayyip Erdogan, que agora se torna em um ditador de fato. Entre os presos estaria Ali Yazici, um militar de alta patente que atuava como uma espécie de assistente do presidente para fins militares. Foi preso o general Bekir Ercan Van, que comandava a base aérea de Incirlik, de onde saem ataques aéreos da coalizão que luta contra o Estado Islâmico. No sábado (16), o governo turco havia anunciado que o número de presos era de 2.800. Além disso, já havia expurgado 2.750 juízes suspeitos de ligações com os organizadores do levante militar. Apesar das novas prisões, o vice-primeiro-ministro do país afirmou em entrevista à televisão que ainda está sendo investigado quem foram os mentores da tentativa de tomada de poder: "Ainda vamos jogar luz sobre a hierarquia deste golpe". Em discurso neste domingo (17) durante um funeral para as vítimas da tentativa de golpe, o ditador islâmico Erdogan prometeu continuar a limpar o "vírus" de todas as instituições do Estado. O chefe da diplomacia francesa, Jean-Marc Ayrault, alertou em uma entrevista na televisão que a tentativa de deposição não dá a Erdogan um "cheque em branco" para agir contra seus adversários e desejou que a lei seja seguida. Segundo ele, Bruxelas deve pedir nesta segunda-feira (18) que a Turquia siga os "princípios democráticos da Europa" ao punir os suspeitos de conspirar contra o Estado. Nesta madrugada, uma multidão de apoiadores de Erdogan gritou pelo enforcamento dos suspeitos durante uma vigília nas ruas que lotou a praça Taksim, no centro de Istambul. Há três anos, o local foi cena de grandes protestos anti-governo. Os oito soldados turcos que fugiram no sábado para a Grécia em um helicóptero militar serão julgados por entrada ilegal no território grego e violação do espaço aéreo, informou a advogada do grupo neste domingo (17). Eles, que pediram asilo na Grécia, aterrissaram no sábado no norte da Grécia, perto da fronteira com a Turquia, após o envio de um sinal de socorro. Os oito insistem que não participaram da tentativa de golpe, mas foram detidos e deverão comparecer no tribunal na segunda-feira. No sábado, o governo turco pediu às autoridades gregas a extradição dos soldados.
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