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Depois de dois meses no azul, as contas externas voltaram a fechar no vermelho em junho. O resultado de todas as trocas de serviços do comércio do Brasil com o mundo ficou negativo em US$ 2,5 bilhões no mês passado. Apesar de estar deficitário, é o melhor resultado para o mês desde 2009, segundo dados do Banco Central. No primeiro semestre, os números do Banco Central mostram o ajuste feito nas contas externas por causa do aumento do dólar sentido desde o ano passado. O déficit nas contas externas (também chamadas de transações correntes) foi de R$ 8,4 bilhões. Nos seis primeiros meses de 2015, o rombo era de US$ 37,9 bilhões. "Isso evidencia de maneira clara o ajuste significativo das contas externas nesse período", salientou o chefe do departamento econômico do Banco Central, Túlio Maciel. Os investimentos estrangeiros no País aumentaram 9% no semestre — na comparação com o mesmo período do ano passado — e chegaram a US$ 33,8 bilhões. No entanto, em junho, houve queda. Entraram US$ 3,9 bilhões. No mesmo mês do ano passado, os ingressos somaram US$ 5,4 bilhões. Enquanto o dólar mais caro favorece as exportações, freia os gastos. Por isso, há um ajuste muito rápido das contas externas. Além da moeda americana cara, o brasileiro cortou gastos como em viagens ao Exterior por causa da crise econômica. As despesas caíram 17% em relação a junho de 2015. No mês passado, os turistas deixaram no Exterior US$ 1,3 bilhão. No primeiro semestre, os gastos chegaram a US$ 6,5 bilhões.
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