O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou condições de financiamento para investidores que participarem de leilões de linhas de transmissão de energia neste ano, com a participação máxima do banco nos empréstimos podendo variar de 50% a até 70% dos itens financiáveis. O custo financeiro será a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), acrescido de remuneração básica do BNDES de 1,5% ao ano e remuneração de risco de até 3,37% ao ano. A participação do BNDES poderá ser ampliada de 50% para 70% desde que o crédito extra seja a custo de mercado, disse o banco em comunicado na sexta-feira. O prazo de amortização será de até 14 anos. A presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, já havia sinalizado que o banco adotaria uma nova política de financiamento para projetos de infraestrutura a partir do próximo leilão de linhas de transmissão de energia elétrica, marcado para setembro. A ideia, segundo ela, é reduzir a participação estatal no financiamento das obras e atrair um volume maior de capital privado para os projetos. No governo da presidente afastada, a mulher sapiens Dilma Rousseff, o BNDES participou com até 80% do financiamento dos projetos concedidos ao setor privado. Para Maria Silvia Bastos Marques, esse modelo transfere todo o risco ao banco de fomento e inibe a participação de outras instituições financeiras. Ela reforçou que a mudança faz parte do processo de revisão do modelo de concessões e privatizações pelo governo do presidente interino, Michel Temer. O Tesouro injetou no BNDES mais de R$ 500 bilhões nos últimos anos para reforçar sua capacidade de estimular investimentos. Essa política contribuiu para as atuais dificuldades financeiras do governo, que se endividou no mercado para turbinar o banco, e por isso está sendo revista pelo governo Temer.
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