A ex-deputada Luciana Genro, PSOL, lançará sua pré-candidatura à prefeitura de Porto Alegre no próximo dia 24, em ato marcado para a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Luciana Genro vem liderando todas as pesquisas sobre intenções de votos, inclusive as pesquisas encomendadas pelos partidos. A dificuldade para os comunistas do PSOL são as alianças, poque ninguém está disposto a dar suporte para Luciana Genro. A Rede, da Santinha da Floresta, Marina Silva, que parecia próxima da indicação do vice, desistiu da coligação. Luciana Genro, que com a renúncia de comunista Manuela D'ávila (PCdoB) parecia dominar o espectro do eleitorado de extrema esquerda, divide agora as atenções com o turrão candidato do PT, Raul Pont, comandante no Rio Grande do Sul da DS - Democracia Socialista, partido revolucionários trotskista clandestino que se hospeda no corpo do PT. Quem olha o quadro de candidatos à prefeitura de Porto Alegre fica apavorado, com a sensação de que a capital gaúcha é tremendamente de esquerda, porque só tem candidato esquerdista. Entretanto, qualquer sociólogo amador sabe que a população de Porto Alegre é essencialmente conservadora, em primeiro lugar porque cerca de 700 mil de seu 1,5 milhão de habitantes são diretamente ligados ao aparelho estatal, nas três esferas (federal, estadual e municipal), ativos e aposentados. nas administrações diretas, indiretas, autárquicas, fundacionais e em sociedades de economia mista. Resumindo, Porto Alegre é uma cidade de burocratas. E burocrata, por essência, é conservador. Entretanto, costuma votar com as esquerdas porque estas são estatistas, defensoras do aparelho do Estado e de sua incrementação, o que garante a boa vida das burocracias. E inacreditavelmente, não há uma só candidatura de perfil conservador. O que acontecerá em Porto Alegre, no dia 2 de outubro, será uma corrida para ver quem é o melhor esquerdista da cidade.
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