segunda-feira, 4 de julho de 2016

80% dos venezuelanos querem a saída do poder ainda este ano do ditador bolivariano Nicolas Maduro


Um recente levantamento do instituto Datanálisis apontou que 80% da população venezuelana quer que o ditador Nicolás Maduro deixe o pode ainda este ano. Os resultados são um golpe no chavismo, já que, de acordo com as pesquisas do instituto, nomes da oposição superam o presidente em popularidade. A lista é encabeçada pelo opositor Leopoldo López, preso desde 2014, e pelo governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, que lidera o processo pela realização de um referendo revocatório contra o presidente.  Outros nomes que também estão à frente de Maduro são o presidente da Assembleia Nacional, Henry Ramos Allup, e o prefeito de Lara, Henri Falcón. "Hoje o chavismo despencou no abismo", afirmou o presidente do Datanálises, Luis Vicente León, ao diário espanhol “El Mundo”: "Perdeu-se a confiança no chavismo como força política, e caso enfrente um processo eleitoral, será demolido". León afirma, baseado nas pesquisas, que o chavismo não tem nenhum outro líder com apelo popular. A defesa de López, condenado a quase 14 anos de prisão, pediu nesta segunda-feira que sua audiência de apelação prevista para a próxima quinta-feira seja pública. O líder do partido Vontade Popular, de 45 anos, foi condenado por incitar à violência durante os protestos entre fevereiro e maio de 2014, que deixaram 43 mortos. "Esta audiência oral tem que ser pública e todos os argumentos da defesa devem ser ouvidos, atendidos e corretamente aplicados com base no Estado de direito que precisa imperar na Venezuela", disse Juan Carlos Gutiérrez, advogado do líder opositor: "É preciso garantir o direito à publicidade da audiência". A defesa de López pede ainda à corte que admita a incorporação à equipe de defensores dos espanhóis Alberto Ruiz Gallardón, ex-ministro da Justiça, e do advogado Javier Cremades. "Os advogados internacionais ratificaram sua intenção de assistir à audiência e vão estar no ato", disse Gutiérrez. A defesa de López alega que ele foi condenado por motivos políticos e com provas falsas, violando seu direito de defesa. 

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