Para baixar o preço do feijão nos supermercados, o governo federal decidiu liberar a importação do produto de países vizinhos do Mercosul: Argentina, Paraguai e Bolívia. O presidente em exercício Michel Temer anunciou a decisão em seu Twitter depois que uma campanha pela redução do preço do alimento ganhou força no microblog. A #TemerBaixaOPreçoDoFeijão está entre os assuntos mais comentados da rede social. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mede a variação nas capitais, o preço do feijão subiu 33,49% no ano até maio. No acumulado dos últimos 12 meses até maio, a alta é de 41,62%. Em nota, o Planalto diz que Temer fez a requisição ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi. O ministro disse também que está sendo estudada a possibilidade de trazer o produto do México, após a assinatura de um acordo sanitário, e da China. Questões climáticas que resultaram na perda de praticamente todas as safras no Centro-Oeste do Brasil ocasionaram uma queda na oferta e um aumento na demanda, fazendo com que os preços do feijão subissem. Ainda segundo a nota, outra medida que está sendo tomada é de negociar com grandes redes de supermercado para que busquem o produto onde há maior oferta. "Pessoalmente tenho me envolvido nas negociações com os cerealistas, com os grandes supermercados, para que eles possam fugir do tradicional que se faz no Brasil, e ir diretamente à fonte onde tem esse produto e trazer. E à medida que o produto vai chegando no Brasil, nós temos certeza que o preço cederá à medida em que o mercado for abastecido", diz Maggi. No governo, também há uma avaliação que não é somente a sazonalidade do grão que tem elevado os preços. Acredita-se que há produtores segurando o estoque justamente para lucrar com a alta. Dada a baixa durabilidade do feijão, a importação também colocaria pressão para que estes produtores liberem seus estoques e tenham de negociar bons preços para a venda.
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