O LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica) colocou "em uso restrito" o supercomputador Santos Dumont. A decisão foi tomada pelo diretor do órgão, Augusto Gadelha, por falta de dinheiro para o pagamento da conta de luz, que chega a R$ 500 mil, quase 80% do orçamento mensal do laboratório. Maior da América Latina, o supercomputador tem capacidade de realizar 1,1 quatrilhão de operações de soma e subtração por segundo. A máquina entrou em funcionamento pleno por apenas dois meses (março e abril), mas teve a sua operação reduzida a partir de maio. Atualmente, o Santos Dumont opera apenas por quatro horas e realiza somente dois projetos. Tem capacidade de rodar, no máximo, 100 programas ao mesmo tempo. "Com a verba que temos não há como segurar a operação até o final do ano. Precisamos de recursos extra para manter a capacidade máxima. Enquanto isso, decidimos colocá-lo em baixa capacidade de uso", afirmou Gadelha. O supercomputador foi fabricado na França e custou cerca de R$ 60 milhões ao governo federal. Em nota, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações informou que já negocia com a área econômica uma suplementação orçamentária. O ministério afirmou que solicitou um valor adicional de R$ 4,65 milhões, que está em análise no Ministério do Planejamento. Fora a quantia adicional, o orçamento do LNCC é de R$ 8,1 milhão neste ano.
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