O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, homologou a delação premiada do ex-vice-presidente de Loterias da Caixa Econômica Federal, Fábio Cleto, "peixe" de Eduardo Cunha, que o indicou para o cargo. A delação de Cleto compromete ainda mais o presidente afastado da Câmara, Henrique Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conhecido na alta nomenklatura peemedebista como "Henriquinho", de quem Cleto era próximo, no esquema do Petrolão do PT. Cleto foi exonerado do cargo na Caixa Econômica Federal no fim de dezembro do ano passado, logo depois de Eduardo Cunha ter autorizado a abertura do processo de impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Na época, a decisão de Dilma foi vista como um "troco" ao seu desafeto. Em depoimentos aos procuradores, o ex-dirigente da Caixa Econômica Federal teria confirmado o relato dos delatores da Carioca Engenharia, Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, de que Eduardo Cunha cobrou 52 milhões de reais para a liberação de verbas do fundo de investimentos do FGTS para o projeto Porto Maravilha, do qual a empreiteira participou em consórcio com as construtoras OAS e Odebrecht.
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