O presidente do PMDB de Caxias do Sul, o município mais populoso e mais importante do Rio Grande do Sul depois de Porto Alegre, Ari Dallegrave, renunciou hoje, tornando público um racha que vinha ganhando corpo desde que o prefeito Barbosa Velho, do PDT, resolveu não disputar a reeleição, impôs um candidato do seu partido para sua sucessão e com isto desfez a aliança que dura 12 anos na cidade. Ari Dallegrave não gostou da decisão de ontem da Executiva municipal do PMDB, que resolveu ignorar as bases partidárias e decidiu submeter-se aos caprichos do prefeito do PDT, que assegura ter nas mãos os votos de 30 dos 45 membros do diretório municipal, quase todos CCs da prefeitura. Estes querem manter a aliança com o PDT. O PMDB de Caxias do Sul possui dois fortes nomes para a disputa, que são o deputado estadual Mauro Pereira e o vice-prefeito Antonio Feldmann. Na região dos Vinhedos, onde o partido é muito forte, circula manifesto que defende candidatura própria em Caxias do Sul, encabeçado pela vice-coordenadora, Maristela Pessin. É uma vergonha que o PMDB de Caxias do Sul esteja submetido a essa situação, porque tanto o governador do Estado, José Ivo Sartori, quanto o eterno imperador do partido no Rio Grande do Sul, Pedro Simon, são oriundos da cidade. A desistência de o PMDB concorrer à prefeitura de Caxias do Sul na cabeça de chapa é um acocoramento comandado por Sartori e Simon diante do partido da boquinha, o PDT, que também rompeu acordo em Porto Alegre. Sartori e Simon fazem inacreditáveis concessões ao partido da boquinha a troco de nada, porque sequer contam com o apoio inconteste do trabalhismo na Assembléia Legislativa. Aliás, o PDT só acoca mesmo é diante do PT. Com esse acordo espúrio que promovem em Caxias do Sul, Sartori e Simon estão contribuindo para a liquidação do PMDB no Estado.
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