O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse nesta quinta-feira (16) que as Farc (organização narco-terrorista Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) estão prontas para uma guerra urbana caso o acordo de paz não seja aprovado em referendo. O pacto final das negociações entre o narcoterrorismo e o governo deve sair nos próximos meses, mas sua ratificação deve ser feita em consulta popular. Santos é um dos principais defensores do "sim" ao documento.
Em reunião do Fórum Econômico Mundial para a América Latina, em Medellín, ele voltou suas críticas aos adversários do referendo, especialmente seu ex-aliado, o ex-presidente Álvaro Uribe, o qual emparedou o narcoterrorismo com seu decidido combate a essa organização comunista e traficante de cocaína. "Temos informação abrangente de que eles estão preparados para voltar à guerra e à guerra urbana, mais destruidora que a rural. Se não há aprovação no plebiscito, voltamos à guerra. Simples assim", disse. Evidentemente, Juan Manuel Santos está fazendo terrorismo também contra a população colombiana, que é totalmente contra o terrorismo dos narcotraficantes das Farc. Questionado sobre Uribe, Santos disse que o acordo de paz a ser assinado com as Farc "não é exclusivamente meu" e que tentou incorporar "todos os partidos políticos e organizações" nas negociações desde seu início, em 2012. "Os partidos de oposição também apóiam a paz. O único que ficou de fora por vontade deles foi o partido do presidente Uribe (o Centro Democrático), ao qual foram feitas ofertas de todo o tipo", disse:. "Pediria a todos os que têm que deixar as botas para pedir votos que se apressem, porque é verdade que administrar a paz sempre é mais complicado que administrar a guerra". Durante seu pronunciamento no fórum, ele voltou a dizer que os diálogos de paz deverão ser concluídos nas próximas semanas, faltando apenas o ponto do desarmamento e da desmobilização de guerrilheiros narcotraficantes. Segundo Juan Manuel Santos, estes pontos deverão ser acertados nos próximos dias. A questão é o principal motivo para que as negociações, inicialmente previstas para terminar em 23 de março, atrasassem. A celebração do plebiscito depende de autorização da Corte Constitucional, que ainda não decidiu se o acordo de paz deve ser incluído na Constituição, como foi pedido pelas duas partes da negociação em maio. Pela proposta aprovada no mês passado, o acordo de paz fará parte de uma emenda constitucional e de uma resolução da ONU. Dessa forma, se um futuro governo quiser derrubá-lo, poderá ser alvo de sanções da organização. Diante da proposta, Uribe e seu partido lançaram uma "resistência civil" contra o acordo, começando com a coleta de assinaturas pelo "não" à consulta e à emenda constitucional.
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