sexta-feira, 17 de junho de 2016

Lula e família recorrem ao Ministério Público contra "abuso de autoridade" de Sergio Moro

Na lista de reclamações, estão a condução coercitiva a que Lula foi submetido no dia 4 de março, ordens de busca e apreensão na casa do ex-presidente e de seus familiares e a prorrogação dos grampos que monitoravam as conversas do petista 


Por: Laryssa Borges, de Brasília16/06/2016 às 18:31 - Atualizado em 16/06/2016 às 19:16 











O poderoso chefão da ORCRIM petista, Lula; a ex-primeira-dama, a "galega" italiana Marisa Letícia, e os quatro filhos do petista, recorreram nesta quinta-feira à Procuradoria-Geral da República com representação contra o que consideram "abuso de autoridade" do juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato. Na lista de reclamações estão a condução coercitiva a que Lula foi submetido no dia 4 de março, quando foi obrigado a prestar depoimento em São Paulo, as ordens de busca e apreensão na casa dele e de seus familiares e a prorrogação dos grampos que monitoravam as conversas do político. "Na representação é demonstrado que o juiz Sergio Moro privou Lula de sua liberdade por cerca de seis horas no dia 4 de março, por meio de providência não prevista em lei, (...) a realização de condução coercitiva sem prévia intimação desatendida. Moro violou a (...) lei, sobretudo, ao dar publicidade às conversas interceptadas às quais a lei assegura sigilo inequívoco dos grampos", criticaram os advogados. Para os defensores de Lula, a atuação de Moro teria por objetivo "incriminar Lula e seus familiares" com base em supostas "hipóteses e pensamentos desejosos". No caso dos familiares do ex-presidente, os advogados reclamam de interceptações telefônicas e da publicidade das conversas mantidas por Marisa Letícia de forma privada, dos grampos e das buscas e apreensões contra Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, e da coleta de documentos na casa e no local de trabalho de Luis Cláudio Lula da Silva, Sandro Luis Lula da Silva e Marcos Cláudio Lula da Silva, filhos do ex-presidente e poderoso chefão da ORCRIM petista. 

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