O ex-presidente da Transpetro, o corrupto confesso Sérgio Machado, acertou em acordo de delação premiada a devolução de R$ 75 milhões aos cofres públicos – sendo uma parte para a União e outra para a Petrobras. Aos investigadores, Machado disse que recebeu R$ 72 milhões desviados dos contratos fechados pela subsidiária da Petrobras. Segundo ele, foram R$ 2 milhões "a título de vantagens ilícitas, decorrentes das sobras dos repasses a políticos, a maior parte após 2008, além de R$ 70 milhões no Exterior". Ficou definido que Sérgio Machado terá que pagar R$ 10 milhões em 30 dias e parcelou em 18 meses o restante. Ele poderá ser condenado até 20 anos de prisão. Responsável pelas gravações e depoimentos que atingiram a cúpula do PMDB, o corrupto confessor Sérgio Machado afirmou aos investigadores da Lava Jato que acredita que a "taxa de sucesso" sobre a arrecadação de propina solicitada pelos políticos era de 60%, tendo desviado no total de R$ 100 milhões especialmente para o PMDB. Segundo Machado nem sempre conseguia atender integralmente às demandas dos políticos e que "crê que alcançava cerca de 60% de taxa de sucesso em atender aos políticos nos montantes que eles pediam". Os contratos de prestação de serviços Transpetro estabeleciam propina de 3% e nos contratos de Estaleiros ficava entre 1% e 1,5%. Os valores eram acertados diretamente pelo corrupto Sérgio Machado com os empreiteiros. Os peemedebistas recebiam os recursos em dinheiro vivo ou por meio de "doações legais" das empresas fornecedoras da Transpetro. Em petição protocolada no acordo da delação, os advogados de Machado e seus familiares encaminharam uma explicação sobre como a família pretende remunerar a União e a Petrobras a título de multa compensatória imposta aos colaboradores. De acordo com os advogados, Expedito mantém no banco UBS Deutschland ASG um depósito total de US$ 5,54 milhões, ou R$ 19,3 milhões ao câmbio do dia da petição, 16 de maio passado. Expedito também declarou possuir outros US$ 8,4 milhões, ou R$ 29,2 milhões, em uma conta numerada no banco Santander Bahamas em nome da firma offshore EWD Corp. Conforme os advogados, outro filho de Machado, Sérgio Firmeza Machado, é detentor de 21,5 milhões de cotas no Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento Multimercado Crédito Privado (FICFIM). Embora tenha declarado que manobrou milhões de reais nos últimos anos em benefício de inúmeros políticos, Sérgio Machado declarou à Receita Federal que era dono, em dezembro de 2015, de um patrimônio total de R$ 1 milhão, com destaque para R$ 480 mil de um plano de previdência privada na Caixa Econômica Federal. É um rematado corrupto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário