O deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) entrou na sexta-feira (17) com uma queixa-crime contra o colega Glauber Braga (PSOL-RJ), que o chamou de "gângster" durante a votação da Câmara, em abril, que avançou o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Ao votar contra o pedido de afastamento, Glauber afirmou: "Eduardo Cunha, você é um gângster. O que dá sustentação à sua cadeira cheira a enxofre". Para a defesa de Eduardo Cunha, o colega disparou de maneira direta e dolosa violentos ataques verbais contra o peemedebista e zombou de sua fé. "O querelado Glauber, sabendo que o ofendido Cunha é cristão e que possui fortíssima relação com a Igreja Evangélica, da qual é fiel, aproveitou para zombar publicamente de sua fé, afirmando que "o que dá sustentação à sua cadeira cheira a enxofre", diz a ação. Os defensores afirmam ao STF que "tal assertiva empregada para transmitir a ideia de que ofendido (Cunha) teria ligação com o 'capeta', já que, como cediço, referências feitas a "cheiro de enxofre" são popularmente ligadas ao "inferno" e, via de consequência, ao "diabo". Os advogados dizem que Glauber praticou ofensas pessoais, ferindo sua dignidade e o decoro parlamentar. Na sessão, Eduardo Cunha também foi chamado de "ladrão" e "golpista" por deputados que votaram contra a aceitação do impeachment pela Câmara. Réu no petrolão e principal condutor do processo contra Dilma, Eduardo Cunha não respondeu a ataques na ocasião.
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