sexta-feira, 17 de junho de 2016

Cristina Kirchner responsabiliza ex-secretário e empresas por corrupção

A ex-presidente da Argentina, a peronista populista e muito incompetente Cristina Kirchner, que comandou governos absolutamente corruptos, responsabilizou nesta quinta-feira (16) a iniciativa privada e o secretário de Obras de seu governo, José López, pelo pagamento de propina, ao tentar se afastar de um novo escândalo. Esta é a primeira vez que a presidente se pronuncia por um escândalo de corrupção de seu governo desde que deixou a Casa Rosada, em dezembro. Nos últimos sete meses, ela reduziu drasticamente suas aparições e pronunciamentos públicos, inclusive na internet.


Número dois do Ministério do Planejamento durante todo o kirchnerismo (2003-2015), López foi preso na terça-feira (14), em flagrante, quando entrava em um convento na Grande Buenos Aires para enterrar US$ 8,9 milhões (R$ 31 milhões) em espécie. "Quero saber quem foram, além do engenheiro López, os responsáveis pelo que aconteceu. Alguém deu o dinheiro que o engenheiro López tinha em seu poder. E não fui eu", escreveu em sua página no Facebook: "Ninguém se faça de distraído. Nem empresários, nem juízes, nem jornalistas, nem dirigentes. Quando alguém recebe dinheiro em sua função pública é porque alguém da iniciativa privada lhe deu", como se pudesse explicar também como ficou tremendamente milionária nos governos do kirchnerismo (dela e do marido). Cristina Kirchner afirmou ainda que foi "a presidente mais insultada da história" e que se dirigia aos militantes que apoiam e que "sofrem pelo que está ocorrendo", em uma tremenda demagogia que é característica histórico do corruptbilissimo peronismo: "A eles quero dizer que acredito que palavras como repudiar, rejeitar e condenar López não são suficientes". A presidente da associação Mães da Praça de Maio, a também peronista corrupta Hebe de Bonafini, defendeu Cristina. "Não temos que acreditar que López era uma político kirchnerista. Ele é um traidor", disse na tarde desta quinta-feira. Segundo Bonafini, que tem uma relação próxima com Cristina devido ao apoio político e financeiro que recebeu nos últimos anos, López "foi infiltrado no kirchnerismo por meios de comunicação e serviços de inteligência". A prisão complicou a situação de Cristina Kircchner, que é suspeita de enriquecimento ilícito e falsificação de documento público, além do processo sob a acusação de venda de dólares no mercado futuro a preços abaixo do de mercado. Foi na licitação de obras públicas que ocorreram dois escândalos pelos quais a ex-presidente argentina é investigada pela Promotoria — o caso das diárias de hotéis e dos aluguéis de imóveis da família Kirchner. No primeiro, o empresário Lázaro Báez, amigo de Néstor Kirchner (1950-2010) e um dos principais ganhadores de licitações, teria pago diárias por quartos não usados, no que a polícia acredita ser indício de lavagem de dinheiro. No segundo, Báez e o empresário Cristóbal López são acusados de alugarem imóveis dos Kirchners como uma forma de pagamento de propina para vencer licitações e evitarem pagamentos e multas. 

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